PACTO DA JUVENTUDE 

Educação, trabalho e Desigualdade

ANO: 2020

LEGADO DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS

Ano: 2011-2012

No ano de 2014 o Brasil receberia a Copa do Mundo de Futebol e dois anos depois, em 2016, o Ria de Janeiro seria sede dos Jogos Olímpicos, justamente no ´período em que o país atingiria a chamada “onda jovem” na qual a maioria da população brasileira seria formada por cidadãos entre 16 e 29 anos, neste sentido o projeto teve como intuito debater o que estes dois megaeventos deixariam de legado para a juventude. Para isso foram realizados pré debates em universidades e na câmara municipal de São Paulo que levaram ao encerramento em um seminário no Museu do Futebol.

A sociedade brasileira, em especial os movimentos juvenis, deverá se engajar no debate em torno dos legados de megaeventos esportivos, já que o Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, visto que o legado de um megaevento esportivo é um processo social que articula esporte, política, cultura e mercado. Neste sentido, o CEMJ tem interesse em promover espaços de discussões em que o tema dos legados sociais e, em especial, os legados sociais para a juventude.

Mais do que uma estratégia técnica, o sucesso da organização de megaeventos esportivos (e, consequentemente, a conquista de legados sociais) depende do desafio de traduzir o discurso institucional dos dirigentes públicos em uma efetiva gestão socialmente responsável, em que “envolva todos os setores sociais (público, privado, corporativo e terceiro setor) de forma permanente e estruturada, transformando riscos em oportunidades, custos em investimentos, por meio de planejamento e governança [flexíveis]” (CONFEF e Ministério do Esporte, 2007).

Além da participação social na gestão dos legados sociais, o CEMJ entende também que para pensar o impacto dos eventos na condição da juventude brasileira é importante propor iniciativas para 1. a formação profissional e a inserção e permanência ocupacional de jovens na economia do esporte, aproveitando o planejamento a ser realizado para os eventos; 2. para a democratização da prática esportiva entre a juventude, efetivando o esporte como catalisador das melhorias na qualidade de vida; 3. para a promoção da educação olímpica entre a juventude brasileira, compreendendo-a situada no projeto nacional que o país quer desenvolver; e para a garantia da participação juvenil na gestão dos megaeventos esportivos, valorizando a concepção de que os jovens são capazes de pensar as grandes questões nacionais.

O trabalho para a juventude pode constituir-se como um dos principais legados sociais para esse segmento da população, já que pesquisas voltados ao tema apontam para as enormes dificuldades dos jovens em conseguir uma ocupação, principalmente em obter o primeiro emprego, dado o aumento da competitividade, da demanda por experiência e por qualificação no mercado de trabalho. O CEMJ avalia que a economia do esporte não será a panacéia para a garantia de ocupação da juventude, contanto, ela poderá se projetar para uma grande parcela da juventude brasileira como formação e carreira profissional.

Já em relação aos aspectos da democratização da prática esportiva e da promoção da educação olímpica, o legado social está na articulação desses dois elementos ressaltados. A formação de uma geração de atletas, e de uma estrutura esportiva que dê sustentação para essa possibilidade, só poderá tornar-se realidade quando mais jovens tiverem a oportunidade da prática esportiva. Os dados apresentam que hoje somente em torno de 43% dos jovens realizam alguma atividade esportiva, sendo os principais empecilhos a falta de tempo, a ausência de equipamento público e a falta de condições financeiras. Assim, a relação entre massificação – alto rendimento deve ser projetado na política pública de esporte no Brasil, atentando-se para o fato dos clubes esportivos terem tido papel importante no fomento do esporte olímpico nacional e para o pressuposto de que a escola e a universidade são lugares por excelência para a prática esportiva da juventude.

A organização dos megaventos esportivos no Brasil está dada. Cabe a sociedade brasileira, em sinergia com o poder público e com a iniciativa privada comprometida com a perspectiva dos legados sociais, tomar para si o desafio de reinventar o impacto dos megaeventos, construindo-os com a cara e as cores do Brasil e, essencialmente, em diálogo com a realidade brasileira.

PÚBLICO ALVO:

· Gestores públicos de variados espaços institucionais, em especial os ligados ao tema juventude e esporte;

· Pesquisadores interessados na temática;

· Membros de organizações da sociedade civil organizada;

· Membros de entidades orientadas para a formação profissional;

· Movimentos juvenis em geral;

· Jovens interessados na temática.

Pretende-se que o público do evento constitua-se aproximadamente em 300 pessoas. As inscrições serão deferidas pela ordem de inscrições. Caso haja poucas inscrições de gestores públicos, membros da sociedade civil e pesquisadores da área de esporte, caberá a Coordenação Executiva avaliar e fomentar a participação prioritária desse público, durante o processo de inscrições.

JUVENTUDE E BRASILIDADE

Ano: 2010 – 2012

O que é ser jovem brasileiro? Para responder esta pergunta foram selecionados cindo roteiros de audiovisuais, um de cada região do país, no quais os jovens falavam de suas vivências, expectativas, sonhos, sua formação familiar e social. Deste projeto foram realizadas cópias com os cinco curta metragens além do livro que tenta explicar a formação e o conceito de brasilidade na sociedade brasileira e sua influência na juventude.

O tema da identidade nacional, mais especificamente, como se constrói uma identidade nacional coletiva, é uma questão fundamental para a sociedade brasileira. Esta discussão esteve presente nas interpretações da formação social brasileira, seja com os movimentos modernistas dos anos 1920 e 1930 quanto na efervescência política dos anos 1960 e 1970. Ainda, encontra-se na ordem do dia.

Os impactos da globalização, bem como debates relativos ao multiculturalismo, têm operado como forças centrífugas, contribuindo para o enfraquecimento dos vínculos de identidade. Além disso, a complexificação da sociedade brasileira, acompanhada da emergência de novos pólos econômicos no país, acelera processos de regionalização e exaltação das diferenças culturais.

Cabe perguntar: quais os fatores e tendências que podem colaborar como forças centrípetas à manutenção e ao reforço de uma identidade nacional brasileira capaz de garantir um substrato político-simbólico mobilizador com intuito à retomada das discussões acerca de um projeto de país?

Dois aspectos devem ser levados em conta para se responder a essa questão. Primeiro, a pluralidade cultural tem sido identificada como um aspecto que caracteriza a identidade brasileira, ou a brasilidade, e propriamente a formação social do país. Segundo, a consolidação da democracia no Brasil com a ampliação de espaços democráticos para o debate e a formulação de políticas públicas traz à cena demandas específicas de determinados grupos sociais, assegurando a valorização de determinadas especificidades culturais. Esses apontamentos sofisticam a análise sobre o fortalecimento dos vínculos identitários capazes de garantir a coesão simbólica e política frente à desigual e conflituosa realidade brasileira.

Como apresentam os estudos sobre identidade nacional, ela não pode ser considerada como fato natural, mas sim construção sustentada por elementos como a história, a língua, o folclore, o território e suas paisagens. Mais ainda, a ideia de identidade nacional emerge na medida em que a nação se funda e se legitima como forma de organização política ligada ao desenvolvimento do capitalismo industrial. Isto evidencia que a identidade nacional não é meramente um fenômeno mental, mas se caracteriza fundamentalmente por um suporte objetivo.

Pelo exposto até aqui, o Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) tem interesse em pensar a construção da identidade nacional pela juventude na tentativa de avaliar as coordenadas que influenciam esse debate.

O CEMJ entende que, da mesma forma que a identidade nacional, a categoria de juventude, para além de uma mera condição etária ou biológica, é fundamentalmente uma construção histórica e social. Cada época ou sociedade possui determinado modo de significar a juventude, delineando determinada representação identitária. Assim, a juventude é uma forma de constituir e significar determinados sujeitos como portadores desta condição. Essa representação é estreitamente ligada às relações de poder. Portanto, a juventude constrói-se relacionada a outros eixos de identificação, como por exemplo, os de gênero, classe social, nacionalidade ou raça.

Ainda, o presente projeto entende que a apropriação da linguagem audiovisual pelos jovens possibilita a expressão das suas histórias, seus desejos e suas inquietações, sendo um instrumento para a construção do protagonismo juvenil. Na medida em os jovens expressam a sua realidade à sociedade, através dessa produção, ganham voz, mostram o que são e o que pensam, realizando um novo modo de exercer politicamente seus direitos, especialmente, o direito à comunicação.

OBJETIVOS

Geral

 Compreender como se articula a identidade nacional brasileira com a identidade juvenil, através da produção de cinco vídeo-documentários sobre o tema “o que é ser jovem brasileiro”, a serem reunidos em uma coletânea, e de uma publicação impressa que contenha os bastidores da produção dos documentários;

Específicos

 Estimular experiências de jovens cineastas de 15 a 29 anos das cinco regiões do país, aperfeiçoando suas práticas através da participação em oficinas de Introdução ao Documentário;

 Promover o debate sobre a construção da identidade nacional brasileira pela juventude.

RÁDIO WEB

Ano: 2011 – 2015

 O mundo sofreu várias transformações ao longo dos anos e uma das mais perceptíveis foi a evolução da tecnologia. Em uma era extremamente digital, na qual a comunicação das pessoas se dá em sua maioria pelas redes sociais e as informações chegam com rapidez, fez-se necessário pensar em uma forma de alcançar parcela da juventude, assim nasceu a Rádio Juventude, que esteve on line de 2011 a 2015, promovendo debates, cobrindo eventos relacionado à juventude, lançando novos artistas. Com uma programação voltada exclusivamente para quem se interessa por esta temática. Desde futebol, até o Estatuto da Juventude, passando por poesia e relações internacionais, além de economia e cultura, a programação da rádio sempre foi diversificada e voltada para as questões importantes para os jovens.

Com o presente projeto, o CEMJ pretende gerar impacto para a democratização cultural no pais, entendendo a condição de acesso a bens e equipamentos culturais, que hoje estão desigualmente distribuídos, como um de seus pilares fundamentais. Nesse sentido, a promoção e o incentivo à produção cultural de jovens, em toda a sua diversidade e pluralidade, estão intimamente ligados à democratização da comunicação. Os meios de comunicação atuam de forma verticalizada, não estimulando o estabelecimento de trocas complexas entre pessoas, organizações, movimentos.

Para isso, é necessário inventar e consolidar novos dispositivos de produção cultural que tenham como conteúdo as representações e as criações que os jovens constroem. Assim, a produção de uma Rádio Web Vozes do Brasil segue este objetivo: de ser um instrumento em que os jovens e os movimentos juvenis possam apresentar suas opiniões e suas considerações sobre os acontecimentos diários. Além disso, terá papel fundamental na difusão de eventos e atividades dos movimentos juvenis, através de transmissão ao vivo.

OBJETIVOS:

1) Empoderar movimentos juvenis para a produção democrática de conteúdo para a Web;

2} Difundir produções de jovens artistas e músicos que disponibilizem conteúdo livre na Internet;

3) Criar um veículo de comunicação que seja referência para jovens interessados nos temas de participação social e políticas públicas de juventude

PALAVRA CRUZADA

Ano: 2014 – 2015

Produção de programa semanal de Rádio Web na Rádio Juventude para divulgação de debates, entrevistas e dados do Programa Juventude Viva. O programa será dividido em três blocos: o primeiro será a entrevista de representantes de entidades que abordam as questões raciais com foco na juventude, o segundo será com entrevista a pesquisadores e acadêmicos das questões raciais e o terceiro e último bloco contará com entrevistas e dados do Programa Juventude Viva além de entrevistas (via Skype ou presenciais) com secretários municipais e estaduais de juventude, assim o programa terá o tripé: sociedade civil, academia e políticas públicas.

Na sociedade da informação e do conhecimento a internet tornou-se um dos mais importantes meios de comunicação. Hoje no Brasil, segundo dados de 2010 do IBGE, mais de 70% dos jovens com idade entre 15 e 29 anos utilizam a rede mundial de computadores para ter acesso a notícias, estudo, fins profissionais ou momentos de lazer através de jogos on line e redes sociais.

O caráter mobilizador, principalmente das redes sociais, foi demonstrado através das manifestações de junho, na qual as passeatas eram divulgadas através da internet juntamente com imagens e informações que os manifestantes postavam em tempo real.

A característica dinâmica da internet rompeu fronteiras, e fez o Brasil e a grande mídia repensar seu papel e sua utilização, indo de encontro com as novas alternativas de mídia, o Centro de Estudos e Memória da Juventude, lançou em 2011 a Rádio Web Juventude.br (www.radiojuventude.com.br)  com o objetivo de divulgar e debater as políticas públicas e produção cultural da juventude brasileira. Esta iniciativa teve seu pico de transmissão durante a cobertura ao vivo da II Conferência Nacional de Juventude, na qual atingiu a marca 20.000 acessos.

Para o presente projeto, propomos um programa a ser veiculado na Rádio Juventude semanalmente, que debaterá e apresentará dados sobre o Juventude Viva, divulgando esta política pública de juventude e analisar seus impactos na juventude beneficiária do programa.

LABORATÓRIO DE JUVENTUDE, EDUCAÇÃO E TRABALHO

Ano: 2013 – 2016

            Projeto em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC) propunha analisar a situação da juventude em relação ao desenvolvimento do país através da educação e do trabalho, desde as dificuldades dos jovens para adentrar no mercado de trabalho até como projetos como o PRONATEC, PROUNI, SISU influenciam na vida dos jovens brasileiros e o desenvolvimento do país.

A década de 1990 foi marcada por uma forte reestruturação do mundo do trabalho no Brasil. O processo de abertura, por vezes forçada, da economia brasileira, ao lado da desnacionalização de diversos setores produtivos, foi combinado com inovações e mudanças técnicas poupadoras de mão-de-obra. A realização dessas transformações em um contexto de baixo crescimento econômico levou à ampliação do desemprego no país. Ao mesmo tempo, as pressões empresariais por redução do valor do trabalho e a ampliação do contingente de desempregados teve um efeito colateral na desregulação e na precarização dos postos de trabalho.

            Datam deste período também as políticas voltadas para progresso na universalização do acesso ao ensino formal, ainda que com problemas importantes de qualidade. A elevação da educação média dos brasileiros, em especial da juventude, revelou-se, contudo pouco capaz de conter a deterioração dos postos de trabalho. A juventude aparecia como o setor socialmente mais vulnerável à crise do mercado de trabalho.

            Os índices de emprego só vão se recuperar na década seguinte, combinando ampliação da força de trabalho ocupada com incrementos expressivos no índice de formalização. Em um cenário macroeconômico diferenciado o país experimentou entre 2003 e 2011 uma melhora nos níveis de crescimento econômico, o que pode ajudar a entender as melhora na oferta de emprego. Neste período, a oferta de educação também foi ampliada, tanto na rede pública, principalmente nas universidades, quanto na rede particular. A demanda pela educação formal já não se restringe aos ciclos fundamentais ou à juventude, tornando-se uma exigência mais ampla dos processos de aprendizado que ligam as tarefas produtivas a uma economia cada vez mais baseada em informação e conhecimento.

            Todavia, os desníveis e as diferenças educacionais continuam impulsionando a reprodução da desigualdade social. Desigualdade que se dá tanto na quantidade de anos que os jovens passam na escola, quanto na qualidade do ensino recebido. Por outro lado, alteram-se profundamente os padrões de transição dos jovens entre o ciclo educacional e o ingresso no mercado de trabalho, constituindo trajetórias de vida distintas que podem ser determinantes no sucesso e na realização dos objetivos traçados por cada um.

            Este projeto pretende pesquisar as relações entre educação e trabalho à luz do desenvolvimento brasileiro recente e com uma preocupação especial com a condição da juventude. Pretende-se discutir os impactos das transformações recentes ocorridas no mundo do trabalho na organização e na formulação dos sistemas educacionais, sua relação com as políticas públicas e com o desenvolvimento do país. Ao debate em torno dessas grandes linhas deve-se agregar o ponto de vista da juventude, buscando entender suas expectativas e sua percepção dessas transformações, enriquecendo o quadro interpretativo e buscando reconhecer explicitamente os jovens como atores e não como sujeitos passivos desse processo.

A pesquisa ajudará a formar um Laboratório de Políticas Públicas e Juventude, Educação e Trabalho. O Laboratório fará acompanhamento sistemático sobre as transformações no mercado de trabalho brasileiro e sua relação com a educação e a expectativa dos jovens. O Laboratório será organizado com base em estudos monográficos, acompanhamento de noticiário e análise de políticas públicas ligadas ao tema. As informações levantadas serão disponibilizadas por meio de sítio na internet, publicação impressa dos artigos e de jornal eletrônico, dialogando com outros pesquisadores do tema no restante do país.

SEMINÁRIOS JUVENTUDE, SAÚDE E PARTICIPAÇÃO

Ano: 2012 e 2013

            Em suas duas edições o Seminário Juventude, Saúde e Participação propôs debater o Sistema Único de Saúde e a participação dos jovens nos conselhos municipais, estaduais e federal de saúde, estimulando sua formação para as políticas de participação e no debate de saúde.

A organização dos Conselhos de Saúde, nas três esferas do poder público brasileiro, é um elemento de democratização da vida política do país e de exercício do controle social sobre a gestão da administração pública. Sendo ao mesmo tempo uma experiência já consolidada e em aperfeiçoamento, a dinâmica dos Conselhos, e os resultados concretos que podem ser alcançados com o exercício democrático do controle social e da participação da sociedade na definição e acompanhamento das políticas, depende diretamente, entre outros fatores, da capacitação dos Conselheiros para o exercício da função.

            No universo dos representantes da sociedade civil nos Conselhos de Saúde, há um segmento que merece atenção especial, tanto por sua condição de fragilidade no acesso às políticas de saúde, quanto pela especificidade de sua representação política. Trata-se aqui do segmento da juventude, ou seja, dos jovens, que por caminhos diversos, notadamente por sua participação em movimentos populares, são escolhidos para integrar Conselhos de Saúde.

            A capacitação dos jovens conselheiros é política estratégica, mesmo considerada no conjunto das políticas já aplicadas de formação e capacitação de conselheiros, pois esses jovens podem ser tanto um fator de renovação da representação da sociedade civil quanto um canal importante para a discussão de temáticas específicas da juventude na orientação das políticas públicas. Sua formação também exige formulações específicas atinentes à linguagem, às preocupações, à experiência política e à vivência da juventude.

            Pretende-se neste curso oferecer aos jovens conselheiros uma oportunidade de capacitação para o exercício dos mandatos recebidos nos Conselhos e um espaço de troca de experiências e de vivência, que ajude a estimular a participação e a compartilhar problemas comuns. A capacitação deve auxiliar uma compreensão histórica e situacional da construção dos Conselhos como parte do processo de democratização política do país, que ganhou impulso fundamental com a elaboração da Constituição Federal de 1988. Deve ainda oferecer conteúdo referente às políticas públicas de saúde, com ênfase especial em políticas voltadas à juventude. Como material didático de apoio será confeccionada uma apostila com textos adequados à compreensão do conteúdo exposto nas aulas e com referências bibliográficas para aprofundamento dos estudos.

            O curso deverá valorizar os espaços de vivência e de discussão entre os jovens. Estas atividades são fundamentais para que se possa espelhar a diversidade de condições de atuação dos jovens conselheiros nas regiões do país, na diversidade entre municípios rurais e urbanos, na variedade de movimentos e organizações sociais. Os grupos de discussão após as aulas buscarão fazer a ligação entre o conteúdo exposto e a experiência de cada um, compartilhando conhecimentos e vivências. Esses debates culminarão com uma oficina onde os conselheiros juntos poderão debater temas de interesse surgidos durante o curso. Propõe-se ainda que o curso seja encerrado com uma Conferência acerca do tema “Os desafios da saúde pública no Brasil”, ministrada por um representante do Ministério da Saúde.

            Espera-se com este curso impulsionar a participação da juventude nos Conselhos de Saúde, através da qualificação e capacitação da atuação dos jovens conselheiros, na expectativa de que esses conhecimentos aí compartilhados tornem-se recursos estratégicos para cada mandato. Espera-se também com esta atividade pioneira, conhecer melhor a dinâmica e os problemas enfrentados pelos jovens em sua atuação cotidiana e com isso oferecer aos formuladores de políticas insumos para o aprimoramento de políticas e programas voltados ao desenvolvimento da participação da sociedade nos Conselhos de Saúde.

Público:

Jovens até 31 anos participantes de Conselhos de Saúde nas três esferas da União. Presença de até 100 inscritos.

JUVENTUDE + BRASIL

Ano: 2011 – 2016

            O Juventude + Brasil é o projeto ligado ao Centro de Documentação da Juventude (CEDOJ) para a organização e disponibilização do acervo. O projeto teve como produto uma exposição animada em 360° que pode ser acessada em (colocar link da exposição).

CARAVANA LUTAS QUE CONSTRUÍRAM O BRASIL: DA COLUNA PRESTES Á GUERRILHA DO ARAGUAIAS

Ano: 2014

            Caravana realizada no mês de abril de 2014 como formação de jovens lideranças, com mesas sobre a Coluna Prestes e da Guerrilha do Araguaia que marcaram a história do país. A caravana passou pelas cidades de Palmas, Xambioá, Vila de Santa Cruz dos Martírios, São Geraldo do Araguaia e Marabá.

http://www.vermelho.org.br/noticia/240341-8

http://inacio.com.br/2014/04/diario-do-araguaia-jovens-buscam-sua-historia/

https://ujs.org.br/noticias/diario-do-araguaia-16-de-abril-jovens-buscam-sua-historia-manuscrito-do-1o-dia/

http://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-282817-.html

            CENTRO DE CIDADANIA LGBT – LUANA BARBOSA DOS REIS

            Ano: 2016 – 2017

            Durante um ano o Centro de Estudos e Memória da Juventude em conjunto com a Prefeitura da São Paulo e com a UMA LGBT gerenciou o Centro de Cidadania LGBT na zona norte, realizando oficinas, atividades culturais e principalmente realizando atendimento jurídico, psicológico e social da comunidade LGBT.

Os Centros de Cidadania LGBT desenvolvem ações permanentes de enfrentamento à LGBTfobia e respeito à diversidade sexual, atuando a partir de dois eixos:

  • Defesa dos Direitos Humanos: atendimento a vítimas de violência, preconceito e discriminação. Apoio jurídico, psicológico, pedagógico e de serviço social, com acompanhamento para realização de boletins de ocorrência e demais orientações incluindo a seus familiares.

  • Promoção da Cidadania LGBT: suporte para acesso aos serviços públicos municipais da cidade, por meio de mediação de conflitos, palestras e sensibilização de servidores. Realização de formações, debates, palestras, seminários e para capacitação profissional. 

Ofertar atendimento especializado a pessoas LGBT vítimas de discriminação ou violência em decorrência de sua identidade de gênero, orientação sexual e/ou em situação de vulnerabilidade social na Zona Norte da cidade de São Paulo, por meio da colaboração aos Centros de Cidadania LGBT, Programa Transcidadania e Unidades Móveis de Cidadania LGBT nessas regiões bem como a realização de ações de promoção da cidadania e dos direitos humanos.

Objetivos específicos

  • Ofertar atendimento especializado nas áreas de Serviço Social, Psicologia, Pedagogia e Direito para pessoas LGBT vítimas de violência e em situação de vulnerabilidade social.

  • Atuar na orientação e garantia do fluxo de atendimento à população LGBT, na perspectiva de consolidar direitos humanos e cidadania, nos serviços públicos;

  • Promover a educação em direitos humanos para dar visibilidade aos direitos humanos, individuais e coletivos, para a população LGBT.

  • Promover a inclusão escolar e o acompanhamento das atividades escolares como meio de fortalecer a cidadania de travestis e transexuais, em especial, daquelas inseridas no Programa Transcidadania.

  • Promover, divulgar, orientar e articular em parceria com o Poder Público e com a Sociedade Civil a inclusão de travestis e transexuais, em especial, daquelas inseridas no Programa Transcidadania, no mercado de trabalho.

  • Difundir informação voltada a direitos sociais como forma de fortalecimento da cidadania e da dignidade da pessoa humana de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

  • Elaborar, analisar e compilar dados relativos ao objeto e aos objetivos desenvolvidos, a partir da gestão das atividades realizadas pela entidade conveniada em intersecção com as políticas públicas voltadas à população LGBT.

Articular com a Sociedade Civil e Poder Público formas de ampliação das ações de políticas públicas por meio das atividades desenvolvidas através do Centro, da Unidade Móvel e também do Programa Transcidadania

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